quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sistema esquelético - Esqueleto do tórax



Antes de irmos para os membros, ainda nos resta entender a última parte do esqueleto axial, o esqueleto do tórax; ele é constituído pelas costelas, esterno e vértebras torácicas (estas últimas nós ja vimos).


Costelas - São 12 pares (Ahá, agora todo mundo entendeu porque as 12 vértebras chamam-se "torácicas")são ossos longos e finos que fixam-se à coluna vertebral e ao esterno. Lembram-se das fóveas costais? então, cada costela fixa-se na coluna vertebral por meio de dois pontos, a fóvea do processo transverso e a fóvea do corpo vertebral.
A Costela não é um completamente um "C", ou seja, sua curvatura não é uniforme, todavia, há um ponto de maior curvatura, este é conhecido como ângulo da costela; a curvatura da costela dirige-se para frente e para baixo.
Devido à fixação direta ou não ao esterno por meio de cartilagens (chamadas de cartilagens costais) as costelas são divididas assim:
6 Costela verdadeiras - cada uma delas fixa-se à sua cartilagem própria.
4 Costelas falsas - todas as 4 fixam-se na mesma cartilagem
2 Costelas flutuantes - tem suas extremidades livres, não fixam-se ao esterno por meio de nada.

Anteriormente as costelas fixam-se  no esterno, que por sua vez está na linha mediana do corpo humano.
O esterno divide-se em três partes, a parte superior é o manúbrio, a intermediária é o corpo e por fim, inferiormente temos uma parte cartilaginosa que chama-se processo xifóide.


Para finalizar, é válido ressaltar que o esqueleto do tórax delimita a cavidade torácica, de forma cilíndrico-cônica (vendo tal formato, a base seria inferior); vendo sua imagem por completo (na primeira ilustração da postagem) podemos perceber que há dois oríficios (vulgo: buracos) no tórax, um superior e outro inferior e entre cada duas costelas também há um espaço, são estes chamados de espaços intercostais.
A cavidade torácica contém órgãos de extrema importância (Inclusive o que bate mais forte quando estamos apaixonados, que nos faz capazes de perdoar mágoas, o detentor do maior sentimento do mundo......).

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sistema esquelético - Esqueleto cefálico


O esqueleto cefálico (bendita seja a educação física que não necessita compreender tão aprofundadamente essa parte do esqueleto) tem seus ossos compreendidos em duas regiões: a face ou esplancnocrânio(seus ossos estão relacionados com os sistemas digestório, respiratório e sensorial) e o neurocrânio(que envolve o encéfalo).

Ossos da face

Frontal ---> Como seu nome ja diz, é anterior, forma a fronte.
Parietais  ---> São dois, o direito e esquerdo, são posteriores ao frontal e formam parte da "calota calvária".
Occipital  ---> Este é situado posterior e inferiormente, seus acidentes ósseos são o forame magno que é para passagem do sistema nervoso central (SNC) e dois côndilos que, como ja foi dito articulam-se com a primeira vértebra cervical, o atlas.
Temporais---> Também são dois, um direito e outro esquerdo, formam as paredes laterais do crânio.
Esfenóide ---> Osso central, é importante saber que ele apresenta uma depressão, a sela túrcica, onde aloja-se a hipófise.
Etmóide   ---> Difícil de descrevê-lo, tudo que achei sobre era muito complexo, e não consegui descrever sua localização, tentem vê-lo como se fosse na parte interior da cavidade dos olhos.
Ossos do neurocrânio

Nasais     ---> Formam o esqueleto ósseo do nariz.
Maxila     ---> Separa os ossos nasais da boca e apresenta cavidades alveolares(alvéolos) onde se acomodam os dentes.
Zigomático ---> Situam-se, lateralmente, na face.
Mandíbula ---> Osso móvel que articula-se com o temporal e, como o maxila, também apresenta alvéolos para o alojamento dos dentes.

Além desses ossos, temos três forames no crânio que são indispensáveis para o nosso conhecimento, o forame magno, que ja foi citado e os forames caróticos que ficam antero-laterais em relação ao forame magno e também os processos mastóides (perto da orelha).
Finalmente agora teremos inúmeras ilustrações e espero que nelas vocês consigam ter uma noção legal ou reforçar o que ja viram, como eu ja disse, é indispensável que o aproveitamento nas suas respectivas aulas seja o maior possível, só pegando no osso e falando seu nome e reconhecendo-o é que começaremos à entender o que são e onde estão cada um.



Eu juro que procurei, mas não achei uma imagem legal para eu editar dos ossos encefálicos numa vista frontal, mas isso não os impede de buscarem um lindo atlas e verem cada um.
Muito obrigado por utilizarem o blog como fonte de estudo, estudem bastante, bons estudos!




sábado, 18 de junho de 2011

Sistema esquelético - Coluna Vertebral

A Coluna vertebral tem uma estrutura que possibilita à nós mantermos a posição ereta, a sustentarmo-nos no eixo longitudinal, o movimento que as vértebras produzem são mínimos, todavia são até expressivos quando analisamos a estrutura como um todo (inclusive a leve hiperextensão que a ginasta acima está fazendo).
Indo ao que realmente interessa, a coluna vertebral é composta por 33 vértebras que encontram-se alinhadas, exatamente, no plano mediano do corpo e sobrepostas umas às outras;
Nesse alinhamento, as vértebras são dividídas em regiões/grupos da coluna vertebral; tal divisão segue-se assim:
Coluna vertebral, vistas posterior e lateral.


7 -  Vértebras cervicais. (C1 à C7)
12 - Vértebras torácicas. (T1 à T12)
 5 -  Vértebras lombares. (L1 à L5)
 5 -  Vértebrais sacrais, estas são fundidas num único osso, o sacro.
 4 -  Vértebras coccígeas, estas são fundidas num único osso, o cóccix.

Todas as vértebras são SEMELHANTES, é, não confundam com IDÊNTICAS, pois cada região apresenta uma peculiaridade, mas tipicamente, uma vértebra constitui-se de um corpo com um arco fixado posteriormente, entre o corpo e o arco localiza-se o forame vertebral que forma o canal vertebral quando vemos a coluna como um todo.
Este "arco" da vértebra é constituído pelos processos transversos ( são laterais, um de cada lado), pelas facetas ou processos articulares (dois superiores e dois inferiores) e pelo processo espinhoso (projeta-se posteriormente).
Entre o processo transverso e o corpo da vértebra temos o pedículo e entre o processo transverso e o processo espinhoso temos a lâmina do arco.
Abaixo, então, segue para visualização os elementos de uma vértebra típica:
Vértebra típica, vista posterior.
Vértebra típica, vista lateral.

Bem, agora irei citar as peculiaridades e como reconhecer uma vértebra de cada região, assim, logo que pegarem uma vértebra saberão se ela é cervical, torácica ou lombar.
As vértebras torácicas possuem as fóveas costais, são locais de fixação para a costela, tais fóveas localizam-se no corpo e nos processos transversos da vértebra, além disso, seu forame vertebral tem um formato bem próximo ao de um círculo.
Vértebra torácica, vista lateral.
As vértebras lombares têm os corpos mais volumosos que as demais vértebras, não apresentam fóveas, seus processos espinhosos, geralmente ,não são tão inclinados para baixo quanto os das demais vértebras e, seu forame vertebral  tem o formato semelhante ao de um "triângulo".

Vértebra lombar, vista posterior (achei essa ilustração a melhor, mesmo com o D. intercorpovertebral que só estudaremos em articulações).
 Agora, as vértebras cervicais; ficaram nessa ordem porque necessitam ser um pouco mais enfatizadas.
Bem, elas podem ser facilmente identificadas porque são as únicas que possuem os forames transversos (ou seja, se você encontrar uma vértebra com dois buracos laterais, é uma vértebra cervical). A sétima vértebra cervical (C7) é caracterizada pelo seu processo espinhoso bem proeminente.
Ja a primeira e segunda vértebra cervical tem características próprias e nós iremos analisá-las agora.
A primeira vértebra cervical (C1) chama-se Atlas (lembrem-se, "que segura o mundo"), praticamente, coitada, não tem um corpo e é parecida com um anel, na sua superfície superior há duas áreas lisas para articular-se com o osso occipital (calma, isso também estará aqui no blog), mas isso é importante saber porque é exatamente essa articulação que permite deslizarmos a cabeça para frente e para trás.
Como é possível ver na ilustração, a Áxis (C2) também tem um corpo reduzido, entretanto ela possui um processo ascendente, comumente conhecido como "dente do Àxis" esse é o processo odontóide; ele articula-se com o Atlas, permitindo a rotação do crânio, entretanto, essa articulação será estudada em articulações.
Ps: Em uma lesão, se o processo odontóide projeta-se para frente ele atinge a medula espinhal, provavelmente, causando a tetraplegia.

Para terminar, temos o Sacro que situa-se após a coluna lombar e representa cinco vértebras fundidas, para não ter confusão, lembrem-se que seu ápice é voltado para baixo (é inferior) e, seguido do Sacro temos o Cóccix, bem pequeno, que representa 4 vértebras fundidas.

Está apresentada à vocês, então, a parte óssea da coluna vertebral, estudem e releiam para não esquecerem, pois voltaremos a falar nela no próximo sistema, o articular, bons estudos \o/

domingo, 12 de junho de 2011

Acidentes ósseos

                                                                Obs: Muito sexy esse esqueleto, não?

Como ja foi mencionado aqui no blog, os ossos possuem alguns relevos, projeções, aberturas e outros, que saõ chamados de acidentes ósseos, só para dar um respaldo maior para o entendimento de todos, eu colocarei abaixo a terminologia utilizada para descrição dos acidentes ósseos:

Alvéolo - Uma escavação profunda, exemplo: Alvéolo dentário.
Cabeça - Extremidade articular proeminente e arredondada, exemplo: Cabeça do rádio
Canal    - Passagem tubular, exemplo: Canal acústico externo
Côndilo - Projeção articular, também arredondada, exemplo: Côndilo medial do fêmur.
Crista    - Projeção estreita, exemplo: Crista ilíaca.
Espinha - Processo agudo e fino, exemplo: Espinha da escápula
Epicôndilo - Projeção acima de um côndilo, exemplo: Epicôndilo do fêmur
Face     - Superfície articular achatada ou pouco profunda, exemplo: Face poplítea
Fissura  - Abertura em fenda estreita, exemplo: Fissura orbital
Forame - Abertura circular que atravessa o osso, exemplo: Forames Caróticos
Fossa    - Depressão rasa, exemplo: Fossa intertrocântérica
Fóvea   - Pequena cavidade ou depressão, exemplo: Fóvea da cabeça do fêmur
Incisura - Depressão em forma de "U", exemplo: Incisura ulnar do rádio
Processo - Proeminência acentuada do osso, exemplo: Processo mastóide
Seio      - Cavidade ou espaço oco, exemplo: Seio frontal
Sulco    - Goteira que acomoda um nervo ou um tendão, exemplo: Sulco intertubercular do úmero
Trocânter - Processo maciço que é encontrado, apenas, no fêmur, exemplo: Trocânter menor do fêmur
Tubérculo - Processo arredondado, exemplo: Tubérculo maior do úmero
Tuberosidade - Processo áspero, imaginem "rugas no osso", exemplo: Tuberosidade do rádio

Bem, é isso, se você não vizualizou nada disso, você não é anormal, vai ficar tudo mais vísível e compreensível quando olharmos isso no osso mesmo e, é indispensável que nas aulas práticas que cada um tiver no laboratório,procurarem pegar mesmo no acidente e entender o que são cada um.
A nossa próxima etapa, aqui no blog, será estudar a magnífica coluna vertebral, essa linda! Sério, gente, a coluna é uma das estruturas do corpo mais perfeita, uma das minhas preferidas *---*

sábado, 11 de junho de 2011

Sistema esquelético - Introdução à osteologia

Osteologia

O Sistema esquelético é o primeiro dos três sistemas que compreende o aparelho locomotor, posteriormente veremos articulações e músculos.

Classificando e identificando os ossos

Quanto à forma os ossos podem ser classificados em 4 grupos:

-Ossos longos


 Nesses ossos o comprimento é predominante, ou seja, é maior que a largura e a espessura. Eles apresentam um corpo, que chamamos de diáfise e duas extremidades que são as epífises. A diáfise é constituída de osso compacto e apresenta, em seu interior, o canal medular, que óbviamente contém...isso mesmo: medula óssea; as espífises, por sua vez são constituídas por osso esponjoso que é revestido por uma fina camada de osso compacto, na respresentação acima temos o fêmur como exemplo de osso longo, as linhas tracejadas separam as epífises das diáfises.

- Ossos curtos

Estes apresentam dimensões aproximandamente equivalentes entre si, são ossos constituídos como as espífises dos ossos longos: de osso esponjoso coberto por uma fina camada de osso compacto; são ossos que também contém medula óssea em seu interior; acima temos o osso calcâneo, um dos ossos do tarso, come exemplo de osso curto.

- Ossos Planos

Os ossos planos têm suas espessura bastante reduzida e tanto o comprimento  quanto a largura predominam, em pesquisas também são encontrados como "ossos chatos", eu não uso essa nomenclatura porque não vi nada em literatura atual que assim faça. Esses ossos são compostos de uma camada de osso esponjoso com ua medula óssea correpondente à fina camada de osso, é recoberto de duas lâminas de osso compacto; acima, temos como exemplo o esterno, osso que passa na linha mediana do corpo, fica na parte anterior do corpo, no tórax.

- Ossos Irregulares

São ossos que devido à sua forma irregular, não permitem estabelecer uma relação entre as dimensões, são também constituídos de osso esponjoso e revestido de osso compacto; acima temos uma vértebra como exemplo de osso irregular.

Temos também os ossos pneumáticos, sesamóides e acessórios;
Pneumáticos, são aqueles que são irregulares e encerram dentro de si, espaços preenchidos por ar.
Sesamóides,  são ossos curtos, encontrados nas mãos, pés, e joelhos, envolvidos por tendões ou cápsulas articulares, alguns só são encontrados por radiografia.
Acessórios são ossos pequenos, que  normalmente não aparecem,  esses sim, podem ser observados SOMENTE em radiografias.

Variações anatômicas

São as variações comuns que encontramos nos corpos, uma obviedade, eu digo, ou alguém esperava que todos os ossos e estruturas corporais fossem idênticas?
Mas não vamos nos enganar hein, pessoal, embora tenhamos pequenas variações, um Úmero (por exemplo) será sempre um úmero, todavia os ossos estão sujeitos à variações segundo: etnia, sexo, idade, biotipo; e aí, devemos levar em consideração também: peso, altura, estado nutricional e a vivência que o corpo "x" teve ao decorrer de sua existência, pois não sei se ja citei aqui, mas FORMA determina FUNÇÃO, a solicitação mecânica de um osso modifica sua forma, ou seja, os ossos de um nadador será anatômicamente variado ao de um escritor.

Acidentes ósseos

"AI, o meu colega caiu da escada, quebrou a perna e agora ele tem um acidente ósseo", QUE?
AHAHAHAHAHA'
Bom, comecei com essa frase porque eu fui patético na primeira vez que ouvi o termo "acidente ósseo", não é nada disso que eu escrevi acima, nada.
Acontece que os ossos apresentam "reentrâncias e saliências", como classifica o professor Romeu de Souza, na sua superfície as reentrâncias são classificadas de acordo com seu grau de profundidade ou de extensão, assim, temos as fossas, fóveas e sulcos; ja as saliências estendem-se pelo corpo do osso e são várias, após essa postagem, farei uma postagem só com os nomes dos acidentes, como exemplo de saliências temos os côndilos e processos.

Divisão do esqueleto

Coloquei no início da postagem uma imagem do esqueleto, como um todo, claro que ele não está em posição anatômica, mas podemos nele observar todos os ossos do corpo e agora iremos estudar ele por partes, o esqueleto é dividido em duas partes:

Esqueleto Axial - são os ossos da cabeça, do pescoço e do tórax; é o esqueleto que sustenta e protege (me lembrei das coitadas das vértebras lombares, falando de sustentação)  as vísceras do tórax, do abdome e da pelve, além do nosso magnífico sistema nervoso central (SNC).

Esqueleto apendicular - é constituído pelos ossos dos membros, desempenham o papel de alavancas comandadas pelos músculos que neles se inserem.

Estão apresentados, então: Alunos, esse é o esqueleto, esqueleto, esses são os alunos. HAHAHAHAHA'
Após a nota sobre os acidentes ósseos iremos nos aprofundar em cada parte do esqueleto, com seus respectivos acidentes e tudo mais, agradeço à vocês, leitores, alunos e amigos, bons estudos!